Não chamem meu falecimento de leito de morte,
mas de leito de vida. Dêem minha visão ao homem
que jamais viu o raiar do sol, o rosto de uma criança
ou o amor nos olhos de uma mulher. Dêem meu
coração a uma pessoa cujo o coração apenas
experimentou dias infindáveis de dor. Dêem meu
sangue ao jovem que foi retirado dos destroços de
seu carro, para que ele possa viver para ver seus
netos brincarem. Dêem meus rins às pessoas que
precisam de uma máquina para viver de semana em
semana. Retirem meus ossos, cada músculo, cada
fibra e nervo do meu corpo e encontrem um meio
para fazer uma criança inválida caminhar. Explorem
cada canto do meu cérebro. Retirem minhas células,
se necessário, e deixem-nas crescerem para que, um
dia, um menino mudo possa ouvir o grito em um
momento de felicidade ou uma menina surda possa
ouvir o barulho da chuva de encontro à sua janela.
Queimem o que restar de mim e espalhe as cinzas ao
vento, para ajudarem as flores brotarem. Se tiverem
que enterrar algo, que sejam meus erros, minhas
fraquezas e todo o mal que fiz aos meus semelhantes.
Se, por acaso, desejarem lembrar-se de mim, façam-
no com ação ou palavra amiga a alguém que precise
de vocês.
SE FIZEREM TUDO O QUE PEDI, ESTAREI VIVO
PARA SEMPRE.
Legal mesmo viu . 10/10 .
ResponderExcluirTexto maravilhoso!!!
ResponderExcluirSe todas as pessoas passassem a ver a doação de órgãos dessa maneira, as coisas seriam mais fáceis para quem sobrevive à espera de um milagre chamado transplante!
Alessandra Bulhões.