Uma equipe da Universidade Johns Hopkins, em Baltimore, nos Estados Unidos revelou que o longo prazo após transplantes cardíaco aumenta quando o órgão é do mesmo sexo doador.
Entre os anos de 1998 e 2007, os pesquisadores analisaram dados de 18.240 pacientes transplantados, e com isso um acompanhamento do paciente por dez anos, de uma maneira geral, sete em cada dez operações envolveram duas pessoas do mesmo sexo.
Esses estudos revelaram que quando o doador era um homem e o recipiente, uma mulher, o risco era em torno de 20% maior se comparado em que tanto o doador quanto o receptor eram homens. Então, partindo do resultado que os transplantes mais bem sucedidos ocorreram nestes casos (envolvendo dois homens) a porcentagem apresentou 61% de sobrevivência.
Quando se trata de transplante há de ser considerar que os corações de homens e mulheres são idênticos em termos anatômicos, e não está claro porque o nível de rejeição do órgão parece ser menor quando doador e receptor são do mesmo sexo. Mas a diferença no tamanho do órgão pode ser um fator.
"Geralmente nós não levamos em conta que órgãos de doadores masculinos e femininos tenham diferenças inerentes que afetam o resultado no longo prazo, mas as informações obtidas sugerem que há diferenças importantes que precisam ser levadas em conta", afirmou Eric Weiss, líder do estudo.
Apesar do resultado do estudo encorajar que doador e receptor sejam do mesmo sexo, Weiss disse que é mais importante não perder a oportunidade de realizar um transplante caso ela ocorra.
"Nós não recomendamos que pacientes esperassem mais tempo por um órgão do mesmo sexo", disse o pesquisador. "É claro que receber um coração transplantado de um doador do sexo oposto é preferível a uma grave insuficiência cardíaca. Se existirem doadores equivalentes para um paciente, nossos dados sugerem que escolher um do mesmo sexo do doador pode levar a uma melhoria na sobrevida no curto e longo prazo."
Fonte: BBCBrasil.com
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