quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Bahia apresenta um dos menores índices de doação de órgãos em todo o país.

O principal fator limitante é o pequeno número de doadores de órgãos. Existem equipes e hospitais capacitados para a maioria dos transplantes em vários estados do Brasil.


Porém, mais de 50.000 pessoas estão em lista de espera por um transplante. Esse número tende a aumentar e menos de 10% recebem um órgão doado a cada ano.

Na Bahia esse índice apresenta um dos piores de transplante do Brasil quando comparado com outros Estados. Atualmente cerca de quatro mil pessoas estão na fila de espera por um transplante de órgão no estado da Bahia. O número de doadores também está entre os menores do país.

De acordo com a Central de Notificação e Captação de Órgãos, este ano foi realizado no estado 21 transplantes de fígado, 47 de rins e 84 de córneas.

3 comentários:

  1. Não imaginava que o indíce de doação aqui na Bahia era tão baixo!

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  2. A POPULAÇÃO BAIANA PRECISA DE MAIORES ESCLARECIMENTOS SOBRE DOAÇÃO E TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS E ESSAS INFORMAÇÕES ESTÃO SENDO PASSADAS COM ÊXITO ATRAVES DESTE BLOG. PARABÉNS!!!

    MAYCON VIANA

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  3. Não faltam doadores. Falta doação
    Segundo o artigo “Sobre os transplantes”, publicado na edição de 07 de outubro de 2009, o principal gargalo na questão dos transplantes de órgãos é a doação. De fato essa é uma verdade óbvia, mas alguns aspectos dessa questão precisam ser esclarecidos em que pese o aparente paradoxo segundo qual o paciente vale mais morto do que vivo.
    Costumamos dizer que os doadores existem, o que falta é doação. Segundo pesquisa recente encomendada pela ADOTE ao Instituto Datafolha, a maioria da população brasileira (64%) acima de 16 anos, independente de escolaridade, faixa de renda, classe social e religião doariam seus órgãos após a morte. Considerem-se também as seguintes premissas baseadas em estatísticas já bem conhecidas: a) a prevalência das circunstâncias que levam alguém à situação de morte encefálica, condição para ser um possível doador, é da ordem de 60 a 80 casos por milhão da população por ano; b) de cada 100 famílias brasileiras a quem se oferece a oportunidade de doar os órgãos de um ente querido em situação de morte encefálica, cerda de 70 autorizam a doação. Desse modo, se todos os diagnósticos fossem notificados para as Centrais de Transplante, existiriam pelo menos entre onze e quatorze mil possíveis doadores por ano, ou entre sete e dez mil potenciais doadores (possível doador com autorização familiar). O que acontece é que menos da metade dos diagnósticos de morte encefálica é notificada.
    Ora, a notificação do diagnóstico de morte encefálica é um ato médico de natureza compulsória. Logo a falta de doação é decorrente não da falta de solidariedade da população, mas da falta de oportunidade de manifestar essa solidariedade que a notificação proporcionaria.
    O Ministério da Saúde está desenvolvendo uma campanha onde enfatiza este aspecto da notificação, ao chamar a atenção dos profissionais de saúde de que a vida é feita de conversas e que o nobre ato de identificar possíveis doadores de órgãos e tecidos não acaba nos testes e exames clínicos.
    É bom também lembrar que ser doador é mais do que permitir que nossa vida continue da de outros. Ser doador é doar nosso conhecimento, nossas capacidades, nossas habilidades profissionais e pessoais para promover, entre todos, o valor da doação de órgãos.
    Francisco Neto de Assis
    ADOTE – Aliança Brasileira pela Doação de Órgãos e Tecidos

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