quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Porque ocorre Rejeição?

Todo transplantado corre risco de após a cirurgia o seu corpo rejeitar aquele novo órgão. E isso ocorre devido ao nosso sistema imunológico que protege o corpo contra substâncias potencialmente nocivas ("antígenos"), como microorganismos, toxinas e células cancerosas. O sistema imune distingue "o que é próprio" do "que é estranho" e reage contra substâncias que considera como "estranhas". A presença de sangue ou tecido estranho no corpo desencadeia uma resposta imune que resulta em reações à transfusão de sangue e rejeição de transplante.


O sangue e os tecidos contêm proteínas identificadoras na superfície que auxiliam a distinguir os tecidos "próprios" dos tecidos "estranhos". Essas proteínas podem agir como antígenos que desencadeiam a resposta imune, formando anticorpos contra os antígenos estranhos. O tecido é "tipado" de acordo com os antígenos que ele contém (antígenos de histocompatibilidade).

Com exceção de gêmeos idênticos, duas pessoas não têm antígenos teciduais idênticos. Por essa razão, o transplante de órgãos e de tecidos quase sempre causa uma resposta imune contra o tecido estranho o que desencadeia a rejeição que levará a uma possível destruição do transplante. A "tipagem do tecido" assegura que o órgão ou tecido sejam, tanto quanto possível, semelhantes aos tecidos do receptor. Esse procedimento é realizado porque uma diferença maior de antígenos causa uma rejeição mais rápida e mais grave. O tratamento para essa rejeição se dá por medicamentos, os imunossupressores, uma vez que se fez uso desse medicamento o indivíduo fará uso deste pelo resto da vida, e por isso faz-se também a necessidade de acompanhamento médico especializado. Porém as estatistícas mundias mostram que mais de 80% dos transplantados retornam à vida normal.

Sendo que a rejeição já foi um dos maus que mais assombravam os que necessitavam de um transplantes, pois existem inúmeras variáveis que interferem nisso como, por exemplo: quanto maior o grau de compatibilidade entre o doador e o receptor, mais fácil o controle e menor a sua chance.

Existem, porém, algumas exceções. Os transplantes de córnea raramente são rejeitados, porque a córnea não tem suprimento sangüíneo, de modo que os linfócitos e anticorpos não chegam até ela e, conseqüentemente, não ocorre rejeição. Os gêmeos idênticos possuem antígenos teciduais idênticos, de modo que o transplante entre gêmeos idênticos quase nunca resulta em rejeição.

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