quinta-feira, 5 de novembro de 2009

QUEM SOMOS



Italo, Indy e Bia









Italo, Indy, Fabi (nossa colega), Any e Bia









Leozão e Hand









Dai e Bia












Hand e Lore









Graci











E Jaque, faltou  uma fotinha sua... mas, seu nome tá registrado aqui!


Beijos a todos os visitantes e Sejam Bem Vindos Sempre

Quando a morte cerebral é confirmada deverá ser notificada por lei

Diagnóstico correto e ágil contribuiria para doações.

Transplante de Fígado



O processo do Transplante com Doador falecido (ou doador cadavérico) é iniciado quando a equipe recebe a informação sobre um potencial doador, através da Central de Transplantes. Se a condição do doador for considerada aceitável a equipe de transplante entra em contato com o Receptor designado pela Central, solicitando sua internação hospitalar.


A seguir, o paciente é avaliado por um dos membros da equipe. Enquanto o Receptor é preparado, uma equipe de cirurgiões é encarregada de fazer a captação do fígado do doador. Durante a cirurgia o órgão é cuidadosamente avaliado. Caso o fígado do doador (enxerto hepático) não seja considerado viável para o transplante, a operação é cancelada e o Receptor recebe alta hospitalar. Se o enxerto hepático for considerado satisfatório será removido do doador, perfundido com solução especial para a preservação de órgãos e armazenado.

Ao mesmo tempo, a equipe do Receptor é informada sobre as condições do fígado do doador, para só então dar início à cirurgia. A cirurgia do Receptor dura em média de 6 a 8 horas, consistindo na retirada de todo o fígado doente seguida do implante do novo fígado por meio de suturas (conexões) vasculares e biliares.


Em alguns candidatos, o tempo de espera na lista com Doador falecido é maior do que a expectativa de vida destes pacientes, existindo, portanto risco de óbito enquanto aguardam por um órgão. Nesta situação indica-se o Transplante Intervivos. O preparo pré-operatório do candidato é semelhante ao preparo com Doador falecido, e as cirurgias do doador e do Receptor são programadas, e realizadas simultaneamente, por duas equipes cirúrgicas.

Fonte: Transplante de Fígado

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Comissão Intra-Hospitalar de Transplante de Órgãos - CIHTO

Com a implantação, abril do decorrente ano, da Comissão Intra-Hospitalar de Transplante de Órgãos (CIHTO) do Hospital Geral de Vitória da Conquista em, também conhecido como Hospital de Base, a Secretaria da Saúde do Estado, através do Sistema Estadual de Transplantes, contabiliza mais um importante avanço no processo de interiorização das atividades de captação e transplante de órgãos. Segundo o médico Eraldo Moura, coordenador do Sistema Estadual de Transplantes, a CIHTO do Hospital de Base funcionará como uma OPO - Organização de Procura de Órgãos -, atuando nas unidades hospitalares da região.

Vale ainda lembrar que o primeiro fruto dessa implantação foi o primeiro transplante ocorrido em nossa cidade, dia 19 de Outubro de 2009, esse procedimento foi realizado no Hospital dos Olhos (HOC), localizada no Hospital Unimec. Essas córneas foram encaminhadas pela Central de Transplantes do Hospital Geral de Vitória da Conquista-Ba. Sendo que a receptora foi uma senhora com 70 anos, que mora no município de Itambé.

Como ocorre a rejeição?

O transplante de órgãos é talvez o procedimento mais "anti-natural" da medicina. Se há algo que a natureza não está preparada é para a troca de órgãos entre seres. Na verdade, milhões de anos de evolução jogam contra esse procedimento. Todos os seres que vivem no planeta, só estão vivos pelo fato de seus organismos terem aprendido a reconhecer e a combater células e moléculas estranhas que invadam nosso organismo. O corpo humano (e o de milhares de outras espécies) aprendeu que tudo que vem de fora é potencialmente fatal e deve ser combatido. E isso foi verdade até o momento em que o homem resolveu transplantar órgãos.


Nosso sistema imune é programado, desde a época embrionária, para diferenciar os genes de nossas células dos genes de organismos invasores. O nosso corpo não sabe distinguir o que é perigoso do que benéfico, por isso, se comporta da mesma maneira com um órgão transplantado ou com uma bactéria. Ele apenas ataca tudo que não for "original de fábrica".

Existe um grupo de genes nos humanos, chamado de HLA, que são os responsáveis por essa diferenciação entre o que é nosso e o que é estranho. É como se esses genes colocassem um crachá com foto em todas as nossas células.

Toda vez que uma célula de defesa circulante no sangue (glóbulos brancos) encontra uma célula com um "crachá" diferente, soa um alarme no sistema imune que convoca um batalhão de outros glóbulos brancos para atacar e destruir este ser invasor.

A chamada rejeição do transplante nada mais é do que nosso sistema de defesa destruindo um órgão transplantado. Para o nosso sistema imune, aquele rim ou coração transplantados, são um conjunto de células invasoras que podem estar colocando nossa vida em risco. A ordem é simples: destruir tudo que for diferente ao que existia quando nascemos.

Como gêmeos idênticos são geneticamente iguais, o organismo o reconhece o órgão transplantado como próprio e não como um invasor.

Todos os doentes transplantados, portanto, precisam ser medicados com drogas que inibam nosso sistema imune. As drogas basicamente deixam as células de defesa confusas. Elas olham um "crachá" diferente mas não notam a diferença, ou notam mas não conseguem convocar reforços para atacar o invasor.

Isso é muito bom para o órgão transplantado, mas é péssimo caso aconteça uma invasão por bactérias ou vírus. O desafio da medicina é impedir a rejeição do órgão sem atrapalhar o sistema de defesa contra germes invasores. Por isso, o transplante é um procedimento extremamente complexo.

As drogas atuais agem no sistema de defesa mas não consegue enganá-lo por muito tempo. O processo de rejeição é lentificado, mas sempre ocorre. Nos primeiros transplantes realizados no início do século XX, a rejeição ocorria imediatamente sem que o órgão sequer funcionasse. Há alguns anos, as drogas conseguiam evitar a rejeição por pouco tempo. Até o final da década de 80, a maioria dos pacientes perdia o órgão transplantado com 1 ano. Hoje em dia, um transplante é considerado um sucesso se durar pelo menos 10 anos. Existem casos de pessoas com até 30 anos de transplante.

Todo doente transplantado precisa tomar medicamentos imunossupressores para o resto da vida.

Quanto mais parecido geneticamente forem o doador e o receptor, menos drogas serão necessárias e mais tempo o órgão transplantado costuma durar.

Receber um órgão de um irmão, mesmo que não gêmeo, é melhor do receber um órgão de um pai, que é muito melhor que receber um órgão de um primo, que por sua vez é melhor que receber um órgão de uma pessoa sem nenhuma relação familiar. Quanto mais distante geneticamente forem o doador do receptor, mais intensa é a resposta imune.

Antes de todo o transplante é realizado então o mapeamento genético do doador e do receptor. Quanto mais genes da classe HLA em comum existir, maior é a chance de sucesso de um transplante.

Além do HLA, o tipo sanguíneo também é importante para o transplante. As mesmas regras da transfusão sanguínea, valem para o transplante de órgãos.

• se o paciente tem tipo sanguíneo O, só poderá receber órgãos de pessoas com o sangue tipo O;
• se o paciente tem sangue tipo A, poderá receber órgãos de pessoas com o sangue tipo A ou O;
• se o paciente tem sangue tipo B, poderá receber órgãos de pessoas com o sangue tipo B ou O;
• se o paciente tem sangue tipo AB, poderá receber órgãos de pessoas com o sangue tipo AB, A, B ou O;

Neste caso, o fator RH (tipo negativo ou positivo) é pouco importante.

Porque não doar??

No mundo em que vivemos, apesar de toda a evolução, de tanta tecnologia, ainda não conseguimos vencer totalmente uma barreira chamada preconceito.
Infelizmente ele existe em todos os lugares, inclusive quando se trata de salvar vidas. Muitas famílias ainda acham que a doação de órgãos de suas familiares falecidos, irá afetar de alguma maneira suas vidas.
Na verdade, algumas pessoas não conseguem entender o significado de "doar vida", não sentem como pode ser maravilhoso salvar a vida de alguém.

Doe órgãos, doe amor, doe vida e sinta - se um herói.

Bahia apresenta um dos menores índices de doação de órgãos em todo o país.

O principal fator limitante é o pequeno número de doadores de órgãos. Existem equipes e hospitais capacitados para a maioria dos transplantes em vários estados do Brasil.


Porém, mais de 50.000 pessoas estão em lista de espera por um transplante. Esse número tende a aumentar e menos de 10% recebem um órgão doado a cada ano.

Na Bahia esse índice apresenta um dos piores de transplante do Brasil quando comparado com outros Estados. Atualmente cerca de quatro mil pessoas estão na fila de espera por um transplante de órgão no estado da Bahia. O número de doadores também está entre os menores do país.

De acordo com a Central de Notificação e Captação de Órgãos, este ano foi realizado no estado 21 transplantes de fígado, 47 de rins e 84 de córneas.

Transplantes.



             O Brasil possui hoje um dos maiores programas públicos de
 transplantes de órgãos e tecidos do mundo. Com 548 estabelecimentos de saúde e 1.376 equipes médicas autorizados a realizar transplantes, o Sistema Nacional de Transplantes está presente em 25 estados do país, por meio das Centrais Estaduais de Transplantes.

Informações.


Imunossupressão, o caminho para prolongar a Vida.

Imunossupressores e imunologia



Como atuam os medicamentos imunossupressores no processo de rejeição do órgão?
          
             Os imunossupressores modificam a resposta de defesa do organismo contra o órgão doado: é preciso enfraquecer o sistema imunológico – ou de defesa - para que não aconteça o que chamamos de processo de rejeição. Mas o corpo humano acaba encontrando uma via de escape e “dribla” o medicamento. Cada vez que uma via é totalmente bloqueada, o organismo encontra outra e, a cada droga que aparece nos damos conta de que não conseguimos mudar totalmente o processo de rejeição. Precisamos, então, de um novo recurso para bloquear aquela via. É por isso que a descoberta de drogas imunossupressoras ajuda a desvendar os mecanismos de defesa do organismo.
             Os imunossupressores agem em diferentes pontos da resposta imune, por isso são combinados em esquemas, cada qual atuando em diversas partes do processo de rejeição. Hoje existe tal quantidade de imunossupressores que é possível montar, pelo menos, 52 esquemas diferentes.



É possível saber qual é o melhor esquema para cada paciente?



              A resposta imunológica varia com a idade: os jovens têm um sistema imune mais forte do que os idosos. Existem diferentes tipos de sistema imune, e, portanto, as respostas são diferentes. Por exemplo, ao dar a mesma dose de vacina para a população, 10% das pessoas vacinadas criam uma quantidade exagerada de anticorpos no sangue, 10% não criaram anticorpo nenhum e 80% têm uma resposta dentro do esperado.





Quais são as etapas da imunossupressão?



              O órgão a ser transplantado é retirado do doador e lavado com uma solução de preservação. Ao transplantar um rim, por exemplo, são transplantadas também as células do doador que, durante certo tempo, estarão circulando no receptor. É o que chamamos de microquimerismo, em alusão à quimera, um animal com a cabeça de outro, que estimulará o sistema de defesa do receptor. Tal resposta é mais importante no início, pois o organismo identifica e reage mais facilmente contra as células do doador. Como a resposta à rejeição é mais importante nos primeiros meses, usamos maior quantidade de imunossupressores no início. Com o tempo, as células do doador desaparecem ou diminuem sua freqüência e o organismo do receptor passa a reconhecer o órgão transplantado por meio de outro mecanismo menos intenso. Por isso, é usada uma menor quantidade de imunossupressores na fase mais tardia do transplante. Além disso, os processos de rejeição crônica, provavelmente, são diferentes daqueles da fase aguda.







A lista dos efeitos colaterais dos imunossupressores era enorme há alguns anos. E hoje?



              As drogas novas atuam cada vez mais sobre os mecanismos que precisam ser abolidos, tentando evitar efeitos colaterais. Usamos menos medicamentos do que no passado. Se o paciente não rejeitar o órgão transplantado nos primeiros seis meses, reduzimos a dose, e o efeito colateral quase não aparece. Antes, usávamos uma enorme quantidade de medicamentos, mas isso não existe mais, pois é possível dosar quase todas as drogas e calcularmos a quantidade exata de cada uma delas. Aprendemos os mecanismos, a usar e a monitorizar os imunossupressivos.





Como é feita a monitorização?



             A monitorização é feita através da medição da quantidade de imunossupressores no sangue para avaliar se o nível está bom ou ruim. A cada tipo de transplante corresponde uma concentração e combinação de medicamentos.

Em geral, usa-se uma combinação de 2 ou 3 das seguintes drogas:

- Corticóides
- Ciclosporina
- Tacrolimus
- Azatioprina
- Micofenolato mofetil (MMF)
- Rapamicina (Sirolimus)




Porque ocorre Rejeição?

Todo transplantado corre risco de após a cirurgia o seu corpo rejeitar aquele novo órgão. E isso ocorre devido ao nosso sistema imunológico que protege o corpo contra substâncias potencialmente nocivas ("antígenos"), como microorganismos, toxinas e células cancerosas. O sistema imune distingue "o que é próprio" do "que é estranho" e reage contra substâncias que considera como "estranhas". A presença de sangue ou tecido estranho no corpo desencadeia uma resposta imune que resulta em reações à transfusão de sangue e rejeição de transplante.


O sangue e os tecidos contêm proteínas identificadoras na superfície que auxiliam a distinguir os tecidos "próprios" dos tecidos "estranhos". Essas proteínas podem agir como antígenos que desencadeiam a resposta imune, formando anticorpos contra os antígenos estranhos. O tecido é "tipado" de acordo com os antígenos que ele contém (antígenos de histocompatibilidade).

Com exceção de gêmeos idênticos, duas pessoas não têm antígenos teciduais idênticos. Por essa razão, o transplante de órgãos e de tecidos quase sempre causa uma resposta imune contra o tecido estranho o que desencadeia a rejeição que levará a uma possível destruição do transplante. A "tipagem do tecido" assegura que o órgão ou tecido sejam, tanto quanto possível, semelhantes aos tecidos do receptor. Esse procedimento é realizado porque uma diferença maior de antígenos causa uma rejeição mais rápida e mais grave. O tratamento para essa rejeição se dá por medicamentos, os imunossupressores, uma vez que se fez uso desse medicamento o indivíduo fará uso deste pelo resto da vida, e por isso faz-se também a necessidade de acompanhamento médico especializado. Porém as estatistícas mundias mostram que mais de 80% dos transplantados retornam à vida normal.

Sendo que a rejeição já foi um dos maus que mais assombravam os que necessitavam de um transplantes, pois existem inúmeras variáveis que interferem nisso como, por exemplo: quanto maior o grau de compatibilidade entre o doador e o receptor, mais fácil o controle e menor a sua chance.

Existem, porém, algumas exceções. Os transplantes de córnea raramente são rejeitados, porque a córnea não tem suprimento sangüíneo, de modo que os linfócitos e anticorpos não chegam até ela e, conseqüentemente, não ocorre rejeição. Os gêmeos idênticos possuem antígenos teciduais idênticos, de modo que o transplante entre gêmeos idênticos quase nunca resulta em rejeição.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Entendendo mais um pouquinho...

O transplante é um tratamento que consiste na substituição de um órgão ou de um tecido doente de uma pessoa (chamada de receptor) por outro sadio, de um doador vivo ou falecido.
O transplante pode prolongar e melhorar a qualidade de vida. O transplantado - aquele que recebe o órgão ou o tecido necessitará de cuidados médicos constantes e fará uso de medicamentos pelo resto da vida. Esse tratamento poderá oferecer a cura da doença ou transformar um problema de saúde incontrolável em outro sobre o qual se tem controle.
Milhares de pessoas com alguma doença cujo único tratamento é o transplante podem ser beneficiadas, sejam elas crianças, jovens ou adultos. Em geral são aquelas que apresentam uma doença irreversível, crônica ou aguda, mais comumente no rim, fígado, pâncreas, pulmão ou coração, além de tecidos como a córnea e a medula óssea.

Sucesso

O sucesso depende de inúmeros fatores como: o tipo de órgão a ser transplantado, a causa da doença, as condições de saúde do paciente, as características do doador e a sua compatibilidade com o receptor.
Existem pessoas que fizeram transplante de órgãos há mais de 25 anos, tiveram filhos e levam hoje uma vida ativa e normal.

Riscos

Como qualquer outra cirurgia, o transplante apresenta riscos, pois representa tratamento complexo e prolongado. Entre as possíveis complicações estão a rejeição e a infecção, que variam de acordo com o órgão transplantado.
O transplante requer uma grande compreensão por parte dos pacientes, principalmente pela necessidade de acompanhamento médico periódico; por outro lado, oferece uma condição de vida altamente compensadora.

Fonte: http://www.einstein.br/
 

Na Doação de Órgãos, o Tempo é Curto....


ADOTE - Propaganda Peixinho from Magic Web Design on Vimeo.

Depoimento de um Transplante

Marco Antonio de Queiroz (MAQ).

Fazer um depoimento a respeito do meu transplante de pâncreas não é fácil. Não é fácil porque, digamos, foi um transplante especial para mim e para a própria equipe da Beneficência Portuguesa de São Paulo. A expectativa que um diabético do tipo I desde os 3 anos de idade tem a respeito é enorme, levando-se em conta que eu já tinha 42 anos de diabetes na época da cirurgia, com perda renal que me levou em 1998 a fazer um transplante de rim devido a uma nefropatia diabética, passando por um total descontrole da doença, por mais cuidados e atenções que eu dava, com ajuda médica e familiar, às exigências da mesma.

Perdi a visão aos 21 anos em conseqüência de uma retinopatia, como sempre diabética, e a partir dessa perda ficou constatada a situação de vasculopatia em que eu já me encontrava em tal idade. Em outras palavras, a equipe está acostumada a fazer transplantes em pessoas que estejam mal da diabetes, que estejam já observando alguma perda de qualquer espécie, para que uma operação de tal vulto seja um risco válido e compensador. Mas meu caso estava no limite, pois já tinha os ditos 42 anos de diabetes e o mais velho a fazer tal cirurgia tinha seus 37, sendo o mais comum nos operados de 20 a 30 anos de doença. Os entupimentos de vasos e veias são mais acentuados em pessoas com mais tempo de diabetes, o que torna as coisas um pouco mais complicadas.

O transplante de pâncreas só é feito no diabetes do tipo I, pelo simples fato que nesse tipo de diabetes a falta de insulina é total e só um novo órgão pode acabar com esse problema. A melhora da qualidade de vida da gente é acentuada, mesmo que o transplante seja um sucesso parcial. Se não houver rejeição total do pâncreas e ele produzir insulina o sujeito, de cara, já se livra das injeções, da instabilidade glicêmica, no máximo em 40/60 dias, sendo que na maioria dos organismos isso é imediato. Não existe diabético que tenha se arrependido de fazer tal cirurgia, mesmo que tenha perdido o pâncreas posteriormente devido à rejeição do órgão. O fato de, por algum tempo, ter sabido e sentido como se vive sem a diabetes, faz alguns de nós enfrentar o re-transplante sem a mínima dúvida.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

História de um Transplante

E se venda de órgãos fosse legalizada?

por Texto Pedro Burgos e Bruno Garattoni


Se você algum dia precisar de um transplante de órgão, pode começar a rezar: só no Brasil, existem mais de 69 mil pessoas na fila, que não pára de crescer. Mas e se fosse permitido vender órgãos, tirando um lucro da sua vovozinha que morreu - ou até, talvez, colocar no mercado um dos seus próprios rins? “O incentivo financeiro aumentaria a quantidade de transplantes e acabaria com as filas”, diz o economista Gary Becker (que ganhou um Prêmio Nobel por sua análise do comportamento humano), num estudo sobre comércio de órgãos.

E existem números que comprovam isso: o Irã, que permite a venda de órgãos, é líder mundial em doações de rim (são 25 doadores por milhão de habitantes, contra 19 dos EUA e 6,2 do Brasil).

Mas o arrependimento seria alto: 79% dos iranianos que venderam um de seus rins lamentam a decisão. Além disso, um livre mercado de órgãos “poderia explorar os mais pobres e atrapalhar as doações cadavéricas (provenientes de gente morta)”, acredita Valter Garcia, da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO). Como resposta, os defensores da idéia propõem a criação de regras para o comércio.

Mas, quem sabe, daqui a algumas décadas, essa discussão sobre transplantes poderá ficar obsoleta com a chegada ao mercado de órgãos artificiais. Já existem pesquisas com porcos geneticamente modificados, que poderiam atuar como doadores de órgãos para seres humanos, mas a maior esperança está na “programação” de células-tronco, a matéria-prima de tudo no corpo humano. Quando você nascesse, o hospital coletaria algumas dessas células – que poderiam ser manipuladas, décadas depois, para se transformar em órgãos.



Quanto vale o show???


Preços alcançados por alguns órgãos no mercado negro; e o que aconteceria com a liberação
Fígado - Podem ser doados em vida por R$ 175 mil.
É possível doar até metade, pois o órgão se regenera. Mas, após a operação, você terá de maneirar na bebida.


Rim - Podem ser doados em vida R$ 110 mil.
Como dá para viver com apenas um rim e a operação é segura, o mercado de doação iria bombar.


Medula óssea - Podem ser doados em vida R$ 122 mil.
Mina de ouro, pois dá para doar várias vezes. Basta ter coragem para levar uma agulhada na bacia.


Córnea - Só podem ser doados por mortos R$ 52 mil.
Vale menos que os outros órgãos, mas também dá um “caldo” – pois quase sempre pode ser aproveitada.


Coração - Só podem ser doados por mortos R$ 226 mil;
Cada vez mais jovens morrem no Brasil – então provavelmente sobrariam corações para transplantes.


Pulmão - Só podem ser doados por mortos R$ 261 mil;
Com a queda no número de fumantes, há um suprimento cada vez maior de pulmões fresquinhos.


Topa fazer negócio?

Veja como a coisa iria funcionar...
Os preços mudariam?

Sim: cairiam muito. Gary Becker afirma que, como seria mais fácil conseguir órgãos, o preço de um rim cairia para US$ 15 mil – quase 80% a menos do que os valores hoje praticados pelas máfias de órgãos (veja no infográfico). No Irã, onde a venda é legal, um rim custa só R$ 6 mil. Mas existe o perigo de que os pobres vendam seus órgãos em situações aviltantes – para sobreviver, pagar dívidas ou deixar uma herança.


Quem poderia vender?

O economista Julio Jorge Elias, co-autor do estudo que defende o comércio, sugere regras. Antes de vender um rim, por exemplo, o doador teria de passar por avaliações médicas e esperar dois meses. E teria suas despesas médicas pagas pelo comprador. Mas a maioria das doações continuaria vindo de gente morta – segundo estatísticas dos EUA, cada cadáver doador rende em média 2,7 órgãos (contra 1 por doador vivo).


Quem iria controlar?

Alguém precisaria atuar como “bolsa de órgãos”, coordenando oferta e demanda, juntando doadores e pacientes compatíveis e barrando órgãos infectados. O Canadá já testa uma versão desse sistema, mas sem dinheiro no meio. É um escambo: se você precisa de um rim e arranja um doador, mas ele não é compatível com você, pode “trocar” o órgão dessa pessoa pelo de outra.


E os ladrões de órgãos?

“O livre comércio inibiria o mercado negro”, diz Becker. Afinal, por que correr riscos se dá para fazer tudo dentro da lei? Mas continuariam a existir possibilidades perigosas. Regimes totalitários poderiam confiscar órgãos de prisioneiros. E haveria questões familiares. “Será que pessoas gananciosas matariam um parente para pegar os órgãos?”, pergunta o economista Robert Stonebraker, da Universidade de Winthrop (EUA).


FONTE: http://super.abril.com.br/saude/se-venda-orgaos-fosse-legalizada-447505.shtml

TEMPO PARA REALIZAÇÃO DOS TRANSPLANTES‏

Temos abaixo uma lista de órgãos e tecidos que são utilizados para transplantes:












  • Córneas (retiradas do doador até 6 horas dpc e mantidas fora do corpo por até 7 dias);


  • Coração (retirado do doador apc e mantido fora do corpo por no máximo 6 horas);


  • Pulmão (retirados do doador apc e mantidos fora do corpo por no máximo 6 horas);


  • Rins (retirados do doador até 30 minutos dpc e mantidos fora do corpo até 48 horas);


  • Fígado (retirado do doador apc e mantido fora do corpo por no máximo 24 horas);


  • Pâncreas (retirado do doador apc e mantido fora do corpo por no máximo 24 horas);


  • Ossos (retirados do doador até 6 horas dpc e mantidos fora do corpo por até 5 anos);


  • Medula óssea (se compatível, feita por meio de aspiração óssea ou coleta de sangue).



dpc - depois da parada cardíaca
apc - antes da parada cardíaca




TRANSPLANTE DE PULMÃO E CORAÇÃO-PULMÃO


O transplante de pulmão melhorou consideravelmente nos últimos anos. Habitualmente, é transplantado um pulmão, mas em algumas vezes, ambos os pulmões são substituídos. Quando a doença pulmonar também provocou lesão cardíaca, o transplante de pulmão é algumas vezes combinado com um transplante de coração. A obtenção de pulmões é um problema, pois a sua preservação para transplante é difícil. Por essa razão, o transplante deve ser realizados o mais breve possível após a obtenção do órgão.


Os transplantes de pulmões podem ser oriundos de um doador vivo ou de alguém recentemente falecido. De um doador vivo, não é possível se obter mais que um pulmão inteiro e, geralmente,somente um lobo é doado. De um indivíduo recém-falecido, podem ser retirados os dois pulmões ou o coração e os pulmões.

Aproximadamente 80 a 85% dos indivíduos submetidos a um transplantes de pulmão sobrevivem por pelo menos um ano e aproximadamente 70% sobrevivem por cinco anos. Várias complicações podem ameaçar a sobrevivência dos receptores de transplantes de pulmão e de coração-pulmão. O risco de infecção é alto, pois os pulmões estão continuamente expostos ao ar, o qual não é estéril. Uma das complicações mais comuns é a má cicatrização do local onde a via respiratória é suturada. Em alguns indivíduos submetidos a um transplante de pulmão, as vias aéreas tornam-se parcialmente obstruídas por tecido cicatricial, o que exige um tratamento adicional.

A rejeição de um transplante de pulmão pode ser difícil de ser detectada, de ser avaliada e de ser tratada. Mais de 80% dos receptores apresentam algumas evidências de rejeição no mês que sucede a cirurgia. A rejeição causa febre, falta de ar e fraqueza. A fraqueza ocorre devido à baixa concentração de oxigênio no sangue. Como ocorre com outros órgãos transplantados, a rejeição do transplante de pulmão pode ser controlada por uma alteração do tipo ou da dose das drogas imunossupressoras. Uma complicação tardia do transplante de pulmão é a oclusão das pequenas vias respiratórias, a qual pode representar uma rejeição gradual.

O TRANSPLANTE X A COMPATIBILIDADE DE TECIDOS

O transplante de tecidos e órgãos de um indivíduo a outro é um processo complexo. Normalmente, o sistema imune ataca e destrói o tecido estranho (um problema conhecido como rejeição do enxerto). O tecido doado deve ter a máxima afinidade possível com o do receptor para reduzir a gravidade de uma rejeição.

Para que os tecidos sejam compatíveis o máximo possível, os médicos determinam o tipo de tecido tanto do doador quanto do receptor. Os antígenos (substâncias capazes de estimular uma resposta imune) estão presentes na superfície de todas as células do corpo. Quando um indivíduo recebe um tecido transplantado, os antígenos deste tecido alertam o corpo do receptor de que se trata de um tecido estranho. Existem três antígenos específicos na superfície dos eritrócitos (os antígenos A, B e Rh) que determinam se uma transfusão de sangue será aceita ou rejeitada. É por este motivo que o sangue é tipado de acordo com esses três antígenos, tornando possível uma melhor compatibilização. Um grupo de antígenos denominados antígenos leucocitários humanos (HLA) é de máxima importância quando são transplantados tecidos e não eritrócitos (hemácias, glóbulos vermelhos). Quanto maior for a compatibilidade dos antígenos HLA, maior a probabilidade de êxito do transplante. No entanto, os especialistas continuam a discutir sobre os benefícios que este processo pode aportar, especialmente nos transplantes de fígado.

Geralmente, antes de qualquer órgão ser transplantado, os tecidos do doador e do receptor são examinados para se comprovar o seu tipo de HLA. Em gêmeos idênticos, os antígenos HLA são exatamente os mesmos. Nos pais e na maioria dos irmãos, vários dos antígenos HLA são os mesmos, mas outros diferem. Um em quatro pares de irmãos compartilham antígenos HLA e são compatíveis. Nos indivíduos de famílias diferentes, poucos antígenos HLA são iguais.


SUPRESSÃO DO SISTEMA IMUNE

Mesmo quando os tipos de HLA são compatíveis, os órgãos transplantados são geralmente rejeitados, a menos que o sistema imune do receptor seja mantido sob controle. A rejeição, quando ela ocorre, geralmente inicia logo após a realização do transplante, mas pode tornar-se evidente semanas ou mesmo meses depois. A rejeição pode ser leve e facilmente suprimida ou pode ser significativa, evoluindo apesar do tratamento. A rejeição não somente pode destruir o tecido ou o órgão transplantado, mas também pode causar febre, calafrios, náusea, fadiga e alterações súbitas da pressão arterial.

A descoberta de que certas drogas podem suprimir o sistema imune aumentou muito a porcentagem de êxito dos transplantes. Contudo, as drogas imunossupressoras apresentam riscos. Embora elas suprimam a reação do sistema imune contra o órgão transplantado, elas também impedem que o sistema imune combata as infecções e destrua outros materiais estranhos.

A supressão intensiva do sistema imune é comumente necessária apenas durante as primeiras semanas que se seguem a um transplante, ou quando um órgão transplantado parece estar sofrendo rejeição. Após esse período, doses menores das drogas, as quais devem ser utilizadas indefinidamente, habitualmente suprimem o sistema imune o suficiente para controlar a rejeição.

Muitos tipos diferentes de drogas podem atuar como imunossupressores. Os corticosteróides (p.ex., prednisona) são freqüentemente utilizados. Inicialmente, esses medicamentos podem ser administrados pela via intravenosa e, após a cirurgia, administrados pela via oral. Durante muito tempo, a azatioprina foi a base do tratamento imunossupressor e várias outras drogas, incluindo o tacrolimus e, mais recentemente, o micofenolato de mofetila, foram aprovadas para essa finalidade. A ciclosporina é outro imunossupressor comumente utilizado. Outros imunossupressores incluem a ciclofosfamida, utilizada principalmente nos transplantes de medula óssea; a globulina antilinfócitos e a globulina antitimócitos; e os anticorpos monoclonais antilinfócitos T.


FONTE: MERCK SHARP & DHOME

domingo, 1 de novembro de 2009

O medo de doar

Por que temos medo de doar?


Uma das razões é o medo da morte.

Não queremos nos preocupar com este tema em vida. É muito mais cômodo não pensar sobre isso.

Ser doador é muito simples já que não existe restrição absoluta à doação de órgãos, a não ser para pessoas soropositivas e pessoas com doenças infecciosas.

Um único doador pode beneficiar até 25 pessoas.

Não é necessário deixar nada por escrito, mas seus familiares devem se comprometer a autorização a doação.

Doe, pois a vida é o melhor presente.



Ministério da Saúde, Brasil.




Nossa História

No Brasil a realização de transplante de órgãos começou em 1964 no Rio de Janeiro e é regulamentada pela Lei 9.434 de 4 de fevereiro de 1997 e pela Lei 10.211 de 23 de março de 2001 que determinam que a doação de órgãos e tecidos pode ocorrer em duas situações: de doador vivo com até 4º grau de parentesco desde que não haja prejuízo para o doador; e de um doador morto, que deve ser autorizada por escrito por um familiar até 2º grau de parentesco.


Os transplantes no Brasil tiveram inicio 10 anos mais tarde, após o primeiro transplante humano ter ocorrido em 23 de dezembro de 1954, em Boston (EUA). O cirurgião Joseph Murray fez o implante de rim entre irmãos gêmeos idênticos, que morreram alguns dias depois por causa da rejeição.

Mesmo com o “atraso” para iniciar a atividade de transplantes de órgãos no país, com o passar dos anos houve um aumento do número de transplantes, naturalmente os procedimentos tornaram-se mais seguros com as novas tecnologias, que incluem drogas imunossupressoras, tomógrafos e ultra-som, além de uma série de providências como a permanente capacitação da equipe envolvida no transplante.

Pode – se observar que no Brasil que 86% (ADOTE) dos transplantes são realizados pelo SUS (Sistema Único de Saúde) com verbas do governo, ou seja, nem doador nem receptor precisam pagar pelas operações o que coloca o Brasil no segundo lugar do ranking de países com maior número de transplantes por ano, atrás apenas dos EUA (são cerca de 11 mil transplantados por ano).

sábado, 31 de outubro de 2009

Viver, e não ter a vergonha de ser Feliz

"Eu fico
Com a pureza da resposta das crianças

É a vida, é bonita e é bonita
Viver, e não ter a vergonha de ser feliz
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser um eterno aprendiz
Ah meu Deus eu sei, eu sei
Que a vida devia ser bem melhor e será
Mas isso não impede que eu repita
É bonita, é bonita e é bonita..."

Gonzaguinha - Viver, e não ter a vergonha de ser Feliz



Decida-se pela vida, doe seus órgãos

Quanto custa um transplante e quem paga?

Cerca de 86% das cirurgias são financiadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), pois a maioria dos planos privados de saúde não cobrem este tipo de tratamento, cujo custo pode variar entre menos de mil reais (transplante de córnea) a quase 60 mil reais (transplante de medula óssea).
Os valores previstos na Tabela do SUS em 2008 são os seguintes:

Córneas
711,46
Rim doador cadáver
19.272,15
Rim doador vivo
14.828,17
Fígado doador cadaver
52.040,00
Fígado doador vivo
52.070,92
Coração
22.242,49
Pulmão
37.070,92
Pâncreas Isolado
14.828,18
Pâncreas + Rim
26.020,06
Medula Óssea
57.997,00















Fonte: http://www.adote.org.br/index.php

Doe órgãos, doe vida

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Recentes estudos afirmam que órgãos do mesmo sexo aumentam a sobrevida do transplante.

Uma equipe da Universidade Johns Hopkins, em Baltimore, nos Estados Unidos revelou que o longo prazo após transplantes cardíaco aumenta quando o órgão é do mesmo sexo doador.


Entre os anos de 1998 e 2007, os pesquisadores analisaram dados de 18.240 pacientes transplantados, e com isso um acompanhamento do paciente por dez anos, de uma maneira geral, sete em cada dez operações envolveram duas pessoas do mesmo sexo.

Esses estudos revelaram que quando o doador era um homem e o recipiente, uma mulher, o risco era em torno de 20% maior se comparado em que tanto o doador quanto o receptor eram homens. Então, partindo do resultado que os transplantes mais bem sucedidos ocorreram nestes casos (envolvendo dois homens) a porcentagem apresentou 61% de sobrevivência.

Quando se trata de transplante há de ser considerar que os corações de homens e mulheres são idênticos em termos anatômicos, e não está claro porque o nível de rejeição do órgão parece ser menor quando doador e receptor são do mesmo sexo. Mas a diferença no tamanho do órgão pode ser um fator.

"Geralmente nós não levamos em conta que órgãos de doadores masculinos e femininos tenham diferenças inerentes que afetam o resultado no longo prazo, mas as informações obtidas sugerem que há diferenças importantes que precisam ser levadas em conta", afirmou Eric Weiss, líder do estudo.

Apesar do resultado do estudo encorajar que doador e receptor sejam do mesmo sexo, Weiss disse que é mais importante não perder a oportunidade de realizar um transplante caso ela ocorra.

"Nós não recomendamos que pacientes esperassem mais tempo por um órgão do mesmo sexo", disse o pesquisador. "É claro que receber um coração transplantado de um doador do sexo oposto é preferível a uma grave insuficiência cardíaca. Se existirem doadores equivalentes para um paciente, nossos dados sugerem que escolher um do mesmo sexo do doador pode levar a uma melhoria na sobrevida no curto e longo prazo."


Fonte: BBCBrasil.com

Médico realiza a primeira cirurgia de traquéia do mundo.

Graças às células, paciente não precisa tomar remédios pós-transplante

Um médico de Barcelona realizou o primeiro transplante de traquéia do mundo e sem usar imunossupressores (medicamentos que cortam ações imunológicas). A cirurgia apenas aconteceu dessa maneira porque a traquéia doada foi lavada várias vezes. E, em seguida, recebeu células-tronco da própria receptora.
O transplante foi feito em junho pelo médico Paolo Macchiarini, no Hospital Clínico de Barcelona. Claudia Castillo colombiana de 30 anos [na foto] , residente na Espanha, que recebeu a traquéia sofria com graves problemas respiratórios devido a uma tuberculose que causou um colapso do pulmão esquerdo, logo após a bifurcação da traquéia
O doador era um homem de 51 anos morto por hemorragia cerebral. Após fazer 25 lavagens para eliminar do órgão todas as células do doador, Macchiarini refez a traquéia com as células da própria receptora.
Após ser lavada com um sistema de detergentes enzimáticos, a traquéia ficou reduzida a uma estrutura livre de qualquer antígeno do doador. Um pouco antes da cirurgia se inseriram cerca de 100 mil células epiteliais da paciente.
Também colocaram condrócitos (células de cartilagem) na parte externa do órgão, diferenciadas a partir de células-tronco procedentes de sua medula óssea.
Macchiarini assinalou que a engenharia de tecidos tornou possível a intervenção duplamente inovadora, pois a traquéia transplantada é um híbrido entre o órgão do doador e as células-tronco epiteliais de receptora.
Quatro meses depois da cirurgia, Macchiarini afirma que as chances de surgirem sinais de rejeição do órgão no corpo da paciente são praticamente nulas.


"Nós estamos muito animados com os resultados. Ela está curtindo uma vida normal, o que para nós, os médicos, é um presente muito bonito.", diz Macchiarini.

Caso não funcionasse, a única alternativa seria a retirada de um pulmão da paciente que hoje leva uma vida quase comum. Ela cuida normalmente dos dois filhos sem precisar tomar nenhum remédio. Sendo que, há poucos meses, sentia dificuldade em falar e andar.

Para Martin Birchall, pesquisador da universidade britânica de Bristol, que ajudou a criar a traquéia híbrida, o transplante significa uma "grande mudança" nas técnicas de cirurgia.


"Os cirurgiões podem agora começar a entender o potencial das células-tronco de adultos e desenvolvimento de tecidos para radicalmente melhorar a sua habilidade de tratar pacientes com doenças graves."

Para Birchall, em 20 anos, praticamente todos os transplantes de órgão serão feitos desta forma.


Fonte: g1.com.br e bbc Brasil.com

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Transplante de Córnea



O transplante de córnea é a mais comum modalidade de transplante de tecidos. No Brasil, o número de transplantes é ainda pequeno (mais ou menos 3.000/ano), apesar das constantes campanhas, como também da lei criada no último ano pelo Governo Federal que estabeleceu a inclusão na carteira de identidade do termo doador de órgãos. Caso a pessoa não se interessar em ser um doador de órgãos, basta que ele não inclua isto em sua identidade.


O banco de olhos é uma entidade sem fins lucrativos que recebe doações, prepara e distribui córneas para transplante, ensino e pesquisa. O Banco de olhos não escolhe e nem tem preferência de qualquer espécie, pois a pessoa que irá receber os olhos entrará numa lista de espera seguindo uma ordem cronológica de inscrição. Se os olhos doados forem de cor diferente da do olho do paciente que irá receber, não haverá problema, pois as partes dos olhos que serão utilizados não influem na cor. Não há idade limite para ser doador. O paciente pode ter qualquer idade para ser beneficiado com o transplante.


Mesmo que a pessoa tenha qualquer deficiência nos olhos pode ser doador, mesmo que tenha os olhos afetados por miopia, hipermetropia, astigmatismo, catarata e outras doenças, poderá doá-los; pois para o transplante é aproveitada apenas a córnea. O restante é utilizado para pesquisa de doenças oculares.


Para ser doador basta ser voluntario e que esteja inscrito no banco de olhos ou em um dos postos de doação.
Transplante de córnea é indicado quando existe a perda da integridade da córnea, opacidade central da córnea, curvatura anormal da superfície da córnea, que não possa ser corrigida por lentes de contato infecção que não responde ao tratamento clínico.




Com a doação de seus olhos, estes podem ser utilizados, após sua morte, por qualquer outra pessoa que deles necessite. O doador deve preparar seus familiares para que seja cumprida sua vontade após sua morte. A família deve avisar o banco de olhos imediatamente após a morte do doador, pois os olhos poderão ser retirados só até quatro horas após o falecimento.

Transplante de Coração

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

QUEM PODE SE BENEFICIAR DE UM TRANSPLANTE?

Principais indicações


Coração: portadores de cardiomiopatia grave de diferentes etiologias (Doença de Chagas, isquêmica, reumática, idiopática, miocardites);

Pulmão: portadores de doenças pulmonares crônicas por fibrose ou enfisema

Fígado: portadores de cirrose hepática por hepatite; álcool ou outras causas

Rim: portadores de insuficiência renal crônica por nefrite, hipertensão, diabetes e outras doenças renais

Pâncreas: diabéticos que tomam insulina (diabetes tipo l) em geral, quando estão com doença renal associada

Córneas: portadores de ceratocone, ceratopatia bolhosa, infecção ou trauma de córnea

Medula óssea: portadores de leucemia, linfoma e aplasia de medula

Osso: pacientes com perda óssea por certos tumores ósseos ou trauma

Pele: pacientes com grandes queimaduras.


Fonte: www.ajudabrasil.org

Mensagem de um Doador Anônimo

Não chamem meu falecimento de leito de morte,
mas de leito de vida. Dêem minha visão ao homem
que jamais viu o raiar do sol, o rosto de uma criança
ou o amor nos olhos de uma mulher. Dêem meu
coração a uma pessoa cujo o coração apenas
experimentou dias infindáveis de dor. Dêem meu
sangue ao jovem que foi retirado dos destroços de
seu carro, para que ele possa viver para ver seus
netos brincarem. Dêem meus rins às pessoas que
precisam de uma máquina para viver de semana em
semana. Retirem meus ossos, cada músculo, cada
fibra e nervo do meu corpo e encontrem um meio
para fazer uma criança inválida caminhar. Explorem
cada canto do meu cérebro. Retirem minhas células,
se necessário, e deixem-nas crescerem para que, um
dia, um menino mudo possa ouvir o grito em um
momento de felicidade ou uma menina surda possa
ouvir o barulho da chuva de encontro à sua janela.
Queimem o que restar de mim e espalhe as cinzas ao
vento, para ajudarem as flores brotarem. Se tiverem
que enterrar algo, que sejam meus erros, minhas
fraquezas e todo o mal que fiz aos meus semelhantes.
Se, por acaso, desejarem lembrar-se de mim, façam-
no com ação ou palavra amiga a alguém que precise
de vocês.
SE FIZEREM TUDO O QUE PEDI, ESTAREI VIVO
PARA SEMPRE.

Cura da AIDS? Transplante de Medula Óssea desaparece com o HIV de um paciente!


Um transplante de medula óssea usando células-tronco de um doador com resistência genética natural ao vírus da AIDS livrou um paciente HIV - positivo de sua infecção. Afirmam pesquisadores alemães.


O paciente é um estadunidense que mora na Alemanha de 42 anos de idade, que permanece anônimo, que tinha leucemia e havia contraído o vírus HIV — o vírus da imunodeficiência humana, causador da AIDS. Ele recebeu um transplante de medula óssea de um doador saudável, que é a melhor chance de cura para a doença, para substituir todas as suas células que "fabricavam sangue com câncer".


Os médicos alemães Gero Hutter e Thomas Schneider, da clinica para Gastrenterologia, Infecções e Reumatologia de hospital de Berlin Charite disseram que a equipe de cirurgiões procuraram um doador especial, que tinha uma mutação genética conhecida por ajudar o corpo a resistir à AIDS. A mutação afeta receptores celulares chamados CCR5 que o vírus da AIDS utiliza para invadir, infectar, se reproduzir e destruir as células do sistema imunológico. Quando descobriram o doador com a desejada mutação, os médicos usaram a medula óssea para tratar o paciente.
DESAPARECEU NÃO APENAS A LEUCEMIA, MAS TAMBEM O VIRUS DA AIDS.


“Ate o dia de hoje, mais de 20 meses depois do transplante bem-sucedido, não detectamos nenhum traço do HIV no paciente”, disse a clínica em um comunicado.


“Nós realizamos todos os testes. Não apenas com o sangue, mas também nos reservatórios do vírus”, afirmou Schneider em uma entrevista coletiva. “No entanto, não podemos excluir a possibilidade de o HIV ainda estar lá.” “O vírus é enganador. Ele sempre pode retornar”, disse o Dr. Gero.


CURA DA AIDS?


Os pesquisadores também disseram que este nunca será um tratamento padrão para a AIDS, já que é um procedimento perigoso e extremamente rigoroso para os pacientes.
Todo o cuidado é pouco quando se fala numa possível cura para a AIDS, mas a notícia está a agitar o meio científico!




QUEM PODE SER DOADOR DE ÓRGÃOS EM VIDA?

Restrições legais


Pode ser doador em vida toda pessoa que tiver parentesco consangüíneo de até quarto grau com o indivíduo que receberá o órgão transplantado. Isso significa pais, irmãos, filhos, avós, tios e primos. Além desses casos, cônjuges podem fazer doações e toda pessoa que apresentar autorização judicial. Essa autorização é dispensada no caso de transplante de medula óssea. A doação por menores de idade é permitida somente com autorização de ambos os pais ou responsáveis. Pessoas não identificadas e deficientes mentais não podem ser doadores.
Em geral, o doador deve ter até 60 anos. Para o caso de transplante de fígado, a idade do doador pode chegar até 80.
O doador precisa fazer exames de HIV e de hepatites B e C. Deve fazer também provas de função hepática, de função renal e de função pulmonar.

QUAIS ÓRGÃOS PODEM SER DOADOS?



De doador vivo

Rim: por ser um órgão duplo, pode ser doado em vida. Doa-se um dos rins, e tanto o doador quanto o transplantado podem levar uma vida perfeitamente normal.

Medula óssea: pode ser obtida por meio da aspiração óssea direta ou pela coleta de sangue.

Parte do fígado ou do pulmão: podem ser doados.


De doador com morte encefálica

Órgãos: coração, pulmões, fígado, rins, pâncreas e intestino.

Tecidos: córneas, partes da pele não visíveis, ossos, tendões e veias


Fonte: www.ajudabrasil.org